Equipe

Equipe:
Guilherme Rosa Pereira
Fernanda Cozendey Anselmo
Eduardo Monteiro
Priscila Teixeira Rocha







terça-feira, 28 de agosto de 2012

Dois sites que não se pode deixar de visitar quando o assunto é dengue:

1. Centers of Disease Control and Prevention
http://www.cdc.gov/dengue/

 http://www.cdc.gov/homepage/images/img-cdcLogoHeader.png


2. Organização Mundial da Saúde (WHO)
http://www.who.int/topics/dengue/en/
http://www.who.int/sysmedia/media/resources/who-logo-en.jpg

Dengue dados estatísticos em tempo real

http://www.denguewatch.org/index.html

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Dengue


A dengue é uma doença infecciosa que acomete o homem tendo ocorrência em áreas tropicais e subtropicais cujas condições climáticas favorecem a proliferação do inseto vetor,  o mosquito Aedes aegypti nas Américas e Aedes albopictus na África e Ásia. Em ambientes tropicais, o estágio imaturo do A. aegypti requer aproximadamente sete dias para emergência do adulto. A oviposição ocorre em ambiente preferencialmente escuro e úmido e ao entrar em contato com água, o ovo eclode originando a larva que passa por 4 ínstares até alcançar o estágio de pupa, da qual emerge o mosquito adulto alado. Somente a fêmea do mosquito adulto alimenta-se de sangue e, a partir daí, a oviposição ocorre de 2 a 5 dias após o respasto sanguíneo. Uma única fêmea pode colocar de 60-100 ovos. Estudos laboratoriais indicam que a sobrevivência dos mosquitos de A. aegypti adultos é de 20 e 30 dias para machos e fêmeas, respectivamente.
A transmissão de dengue por mosquitos do gênero Aedes ocorre através da picada em indivíduos virêmicos, e a transferência, pela picada, do vírus ao homem encerra um ciclo de transmissão. O vetor é encontrado, principalmente em ambientes doméstico e peridoméstico, utilizando-se de recipientes que armazenam água e recipientes descartáveis que acumulam água de chuvas para postura dos ovos. A densidade e o grau de domiciliação dos vetores do dengue influenciam na capacidade vetorial das populações do mosquito em diferentes regiões. O A. aegypti é o principal vetor devido à sua antropofilia, seus hábitos urbano-domésticos (domiciliares) e sua alta eficiência na transmissão do vírus dengue. É uma espécie de atividade diurna, alimenta-se dentro e fora das casas durante todo o tempo, especialmente em dias nublados.
A Dengue é uma infecção re-emergente que vem preocupando mundialmente as autoridades sanitárias. É a arbovirose de maior incidência no mundo, sendo endêmica em vários continentes. Cerca de dois terços da população mundial vive em áreas infestadas com o mosquito vetor. Os sintomas da doença vão desde febre e sintomas comuns, como dor de cabeça, náusea, mialgia, dor retro orbital; até formas hemorrágicas (dengue hemorrágica FDH), síndrome de choque associada ao dengue (DSS) e outras manifestações graves da doença.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estima-se que 50-100 milhões de casos de dengue ocorram anualmente em todo o mundo e que cerca de 500.000 casos evoluem para as formas mais graves da doença. Não existe vacina disponível contra a dengue e nem medicamentos específicos para tratar a infecção. Dessa forma, a prevenção e controle da dengue dependem do combate do A. aegypti em torno dos domicílios onde mais ocorre a transmissão. Inseticidas em sprays para mosquitos adultos não são eficazes, a não ser que sejam usados dentro de casa. O caminho mais eficaz para o controle do mosquito é a redução larval nos domicílios.
É muito difícil controlar ou eliminar mosquitos A. aegypti, porque eles se adaptam facilmente ao ambiente, o que os tornam altamente resistentes, ou com a habilidade de rapidamente recuperar-se a números iniciais após os distúrbios resultantes de fenômenos naturais (por exemplo, secas) ou intervenções humanas (por exemplo, medidas de controle). Os ovos de A. aegypti possuem a capacidade de resistir à dessecação, sobrevivendo vários meses sob condições de seca em um estado de dormência no final do desenvolvimento embrionário, dificultando o controle.
A erradicação da Dengue só se tornará uma realidade se houver um trabalho que inclua, conhecimento da doença do ponto de vista epidemiológico e clínico, conhecimento do vírus dengue do ponto de vista molecular e evolutivo,  conhecimento do vetor e sua interação com o vírus. Somado a isso é essencial o foco no planejamento urbano e na educação em saúde.  Neste contexto, este projeto tem por objetivo atacar duas dessas frentes. Por um lado, o mapeamento das populações naturais de A. aegypti quanto a sua suscetibilidade ao vírus dengue e seu potencial epidemiológico. Por outro lado, uma ação educativa direcionada para populações humanas em risco imediato, vivendo em áreas de alta incidência da doença, proporcionando informação e suporte à comunidade local sobre a importância da prevenção através da eliminação dos locais propícios à reprodução do mosquito. Assim, como consequencia deste projeto esperamos acionar a população das áreas de maior incidência da doença, levando-as à participação ativa  na vigilância entomológica e nos programas de controle e prevenção de dengue no município de Campos dos Goytacazes.