Equipe

Equipe:
Guilherme Rosa Pereira
Fernanda Cozendey Anselmo
Eduardo Monteiro
Priscila Teixeira Rocha







quinta-feira, 23 de abril de 2015

Entenda como funciona o combate à dengue com mosquito transgênico

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou a liberação comercial de um mosquito transgênico criado para controlar a população do Aedes aegypti selvagem, que transmite a dengue. Segundo o órgão, ligado ao Ministério da Ciência, é o primeiro inseto geneticamente modificado a obter licença no Brasil.


Veja abaixo perguntas e respostas sobre esse inseto geneticamente modificado que pode ser introduzido nas cidades brasileiras.


De que forma o mosquito transgênico faz diminuir a população do Aedes aegypti?
A tecnologia consiste em produzir em laboratório mosquitos machos com dois genes diferentes do Aedes aegypti original. Fêmeas que vivem na natureza e cruzam com esses espécimes modificados geram filhotes que não conseguem chegar à fase adulta. Assim, ela "gasta" seu potencial reprodutivo com filhotes que acabam morrendo. Com o tempo, isso afeta o total da população numa determinada área.

Por que o Aedes aegypti transgênico não sobrevive?
Os machos com genes modificados nascem no laboratório com as células desreguladas, que são “curadas” graças ao uso do antibiótico tetraciclina, que funciona como antídoto e ajuda no seu desenvolvimento até a fase adulta. Seus filhotes, concebidos após cruzamento com fêmeas selvagens, nascerão com o mesmo problema genético, mas devem morrer ainda na fase larva, vítimas de um colapso celular, pois não terão o antiobiótico.

Existe o risco de o mosquito transgênico transmitir alguma doença?
Segundo Danilo Carvalho, pesquisador do Laboratório de Mosquitos Geneticamente Modificados da Universidade de São Paulo (USP), são desenvolvidos em laboratório insetos machos e fêmeas. No entanto, apenas os machos serão liberados em áreas públicas e não oferecem risco porque se alimentam apenas do néctar de flores. Ou seja: ninguém será picado por inseto trangênico.

Há um risco de proliferação descontrolada desse mosquito transgênico?
Não. Por não se desenvolver sem a ajuda do antibiótico, não há como ocorrer uma superpopulação.

Quantos mosquitos machos já foram liberados?
Cerca de 18 milhões de insetos já foram liberados nos testes feitos.

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Infográfico Dengue (Foto: Arte/G1)
  

sábado, 18 de abril de 2015

Brasil tem 340 municípios em situação de risco para dengue e chikungunya

Levantamento do Ministério da Saúde divulgado hoje (12) indica que 340 municípios brasileiros estão em situação de risco para epidemias de dengue e chikungunya. Ainda de acordo com os dados, 877 cidades estão em alerta para ambas as doenças.
De acordo com a pasta, 1.844 municípios fizeram o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de janeiro a fevereiro deste ano -  e registraram um aumento de 26,38% em relação aos participantes em 2014.
Os números mostram que uma capital se encontra em situação de risco, Cuiabá (MT), enquanto 18 estão em situação de alerta: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).
Conforme o levantamento, a Região Nordeste concentra a maioria dos municípios com índice de risco de epidemia (171), seguida pelo Sudeste (54),  Sul (52), Norte (46) e Centro-Oeste (17).
Na Região Nordeste, o armazenamento inadequado de água responde pela maioria dos criadouros do mosquito Aedes aegypti (76,5%). No Norte, o principal problema é o lixo (48,2%). No Sudeste, os depósitos domiciliares respondem pela maior parte dos criadoruros (52,6%). No Centro-Oeste e no Sul, o principal foco do mosquito é o lixo (51,6% e 52,7%, respectivamente).
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou que o LIRAa constitui uma ferramenta importante para direcionar ações de prevenção e combate à dengue e ao chikungunya. "É um dispositivo que orienta a ação não apenas de autoridades sanitárias, mas da própria comunidade em cada cidade, em cada região. Ele representa a capacidade de mapear a situação em diferentes cidades, com graduação de riscos diferentes".

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Vacina contra dengue pode demorar até um ano e meio para ser liberada

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (2) que a liberação de uma vacina contra a dengue, que poderia minimizar a epidemia da doença no Estado, pode demorar até um ano e meio para ocorrer. Segundo ele, a liberação depende da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a aplicação da imediata da vacina sem a fase clínica de testes.
"O Instituto Butantan deu entrada na Anvisa na segunda-feira (o pedido) para iniciar o processo de vacinação. Se Anvisa disser que podemos começar a fazer, será já. Se entender que precisa da fase clínica, isso vai demorar um ano, um ano e meio para ter a vacina que se demonstrou muito eficaz e em dose única", disse o governador. Segundo ele, o Instituto Butantan já possui 12 mil doses de vacina contra a dengue após as duas primeiras fases de testes laboratoriais.
Alckmin reafirmou ainda que o combate da dengue é "um esforço coletivo" de toda a população, já que até agora não existe tratamento para o vírus. "O único caminho é bloquear o hospedeiro, combater o mosquito transmissor da doença", concluiu Alckmin, que esteve em Araraquara.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

País registra mais de 224 mil casos de dengue em 2015

O Ministério da Saúde informou que foram registrados até o dia 7 de março, 224,1 mil casos de dengue em todo o país. O número representa um aumento de 162% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, considerou o aumento de casos expressivo, mas avaliou que a situação não se compara à epidemia de 2013, quando foram registrados 425,1 mil casos. Para ele, as condições climáticas e mesmo a crise hídrica influenciaram o cenário da dengue no país, uma vez que foi registrada maior tendência de armazenamento de água nas regiões Sudeste, Sul e Norte. Além disso, muitos municípios, segundo Chioro, não organizaram corretamente a rede de prevenção e combate à doença.
De acordo com a pasta, mesmo diante do aumento de casos, o número de óbitos por dengue caiu 32%, passando de 76 mortes em 2014 para 52 este ano. Também foi registrada redução de 9,7% no número de casos graves. Em 2015, foram identificados 102 contra 113 no ano passado.
"Apesar dessa redução de 31,5% nos óbitos, eles estão ocorrendo e é fundamental reforçar o conjunto de ações", destacou Chioro.
Os números mostram que o estado do Acre apresenta a maior incidência de dengue, com 695,4 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por Goiás, com 401 casos para cada 100 mil habitantes, e por São Paulo, com 281 casos para cada 100 mil habitantes.
Os casos autóctones (registrados em pessoas sem registro de viagem) de febre chikungunya, doença também transmitida pelo Aedes aegypti, somam 1.049 casos até o dia 7 de março, sendo 459 na Bahia e 590 no Amapá. No ano passado, foram confirmados 2.773 casos autóctones da doença. Entre 2014 e 2015, o ministério identificou 100 casos importados, de pessoas que viajaram para países como República Dominicana, Haiti e Venezuela.

    domingo, 5 de abril de 2015

    Campos e Miracema, RJ, investigam suposta morte de criança por dengue

    As secretarias de Saúde de Miracema, no Noroeste Fluminense, e Campos dos Goytacazes, no Norte, investigam o que pode ser a 4ª morte por dengue neste ano no estado do Rio de Janeiro. A vítima é uma criança de dois anos que morava em Miracema. Ela morreu nesta quinta-feira (19) em um hospital particular de Campos, para onde foi transferida depois de apresentar complicações.
    A Secretaria Municipal de Saúde de Miracema informou que os exames para diagnosticar se a criança foi vítima de dengue hemorrágica já foram feitos e dependendo do resultado, serão enviados a capital. Miracema é a cidade com o maior número de casos de dengue no Noroeste. Segundo o Ministério da Saúde, até a primeira quinzena deste mês foram 51 casos registrados na cidade.

    quarta-feira, 1 de abril de 2015

    LIRAa aponta quatro cidades do Norte e Noroeste em alerta contra a dengue

    O Ministério da Saúde divulgou o resultado do último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) nesta quinta-feira (12). Entre o Norte e Noroeste Fluminense, a cidade de Campos dos Goytacazes é a que tem o maior índice, com 2,9 e com 66 casos de dengue confirmados. Italva, no Noroeste, é a segunda cidade com maior índice, de 2,8 e com dois casos. A cidade que obteve o melhor resultado é São Francisco de Itabapoana, com índice de 0,1 e nenhum caso registrado.
    Segundo o Ministério da Saúde, as cidades e/ou bairros que registram focos da dengue em até 1 a cada grupo de 100 imóveis estão na categoria "satisfatório". Entre 1 e 3,9, na categoria "alerta". Já acima de 4 se encaixa na categoria "risco de surto".
    Além de Campos e Italva, as cidades de Cardoso Moreira e Quissamã se encaixam na categoria “alerta” com índice de 1,5 e 1,1 respectivamente. Com índice abaixo de 1 estão Bom Jesus do Itabapoana (0,7), Cambuci (0,4), Itaperuna (0,1), Miracema (0,3), Porciúncula (0,6), São Fidélis (0,6) e São João da Barra (0,6).
    Depois de Campos, com 66, a cidade que registrou mais casos na região foi Miracema, que apesar do baixo índice, tem 51 registros. Em seguida vem Itaperuna, com nove casos.