Equipe

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Guilherme Rosa Pereira
Fernanda Cozendey Anselmo
Eduardo Monteiro
Priscila Teixeira Rocha







quarta-feira, 27 de maio de 2015

Campos, RJ, registra mais uma morte por suspeita de dengue

Uma mulher de 60 anos morreu em um hospital de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, com suspeita de dengue. Na cidade, já foram confirmados pela Secretaria de Saúde 727 casos da doença. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde, a paciente era natural da localidade de Santa Maria, situada no norte da cidade, e morreu nesta segunda-feira (25). Um exame de triagem feito pela mulher teve o resultado positivo para dengue.

A Direção de Vigilância em Saúde abriu uma investigação e vai mandar soro para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O resultado final e conclusivo deve sair nos próximos dias.
Ainda segundo a Secretaria de Saúde, a mulher chegou a procurar ajuda médica durante a semana passada na Unidade Pré-Hospitalar Santo Eduardo, e culminou com a internação no Hospital Plantadores de Cana no dia 23 de maio (sábado). Em seguida, ela foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com quadro de insuficiência respiratória aguda e choque circulatório, morrendo na segunda.


No dia 11 de maio, a Secretaria de Saúde descartou a hipótese de uma epidemia de dengue em Campos. Segundo o diretor do Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI), Luiz José de Souza, o aumento de casos confirmados já era esperado, pois a maior incidência ocorreria nos meses de abril e maio. Segundo ele, para chegar a uma epidemia, teriam que ser confirmados 300 casos para cada 100 mil habitantes. Como Campos possui uma média de 500 mil habitantes, o número de casos confirmados para uma epidemia seriam de 1.500.No dia 28 de abril, uma servente de 42 anos morreu em um hospital particular de Campos com suspeita de dengue hemorrágica. A informação foi anunciada, primeiramente, durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Vereadores. A assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde confirmou o fato e destacou que a mulher era moradora do bairro Novo Jóquei e que o órgão estava acompanhando o caso.
Estado - A Secretaria de Estado de Saúde informou que até o dia 8 de maio, foram notificados 27.856 casos suspeitos de dengue no estado do Rio de Janeiro, com sete óbitos. No ano de 2014, foram notificados 7.819 casos suspeitos de dengue no estado, com 10 óbitos confirmados.

Fonte, aqui.

terça-feira, 12 de maio de 2015

'Tecnicamente estamos vivendo uma epidemia', diz ministro da Saúde sobre dengue.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou na manhã desta quinta-feira (14) que o Brasil vive uma epidemia de dengue. "Claro, tecnicamente estamos vivendo uma epidemia", afirmou ao apontar que a quantidade de casos no Brasil é avaliada como epidêmica segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Chioro disse que a epidemia é mais grave em São Paulo, Goiás e no Acre.
Levando-se em conta esta informação, sete estados estão em situação epidêmica: Acre (1064,8/100 mil), Tocantins (439,9/100 mil), Rio Grande do Norte (363,6/100 mil), São Paulo (911,9/100 mil), Paraná (362,8/100 mil), Mato Grosso do Sul (462,8/100 mil) e Goiás (968,9/100 mil).A incidência de casos no Brasil para cada grupo de 100 mil habitantes é de 367,8, índice que, para a OMS, é situação de epidemia (a classificação mínima de epidemia é de 300/100 mil habitantes).
É comum que o número de casos de dengue oscile ao longo dos anos. Em alguns há um número muito grande de notificações e, em outros, um número menor. Depende muito dos sorotipos que estão circulando, o que varia de região para região.
"Ela [epidemia] é diferente porque não se manifesta em todos os estados da mesma maneira. Nós temos sete estados neste momento que estão em situação epidêmica", disse Chioro.
O Brasil registrou 745,9 mil casos de dengue entre 1º de janeiro e 18 de abril deste ano. O total é 234,2% maior em relação ao mesmo período do ano passado e 48,6% menor em comparação com 2013, quando na mesma época foram notificadas 1,4 milhão de ocorrências da doença.

"Estamos comparando os dados de 2015 com um ano de baixíssima incidência e pouquíssimos números de óbitos. Quando comparamos com 2013, nós não chegamos às mesmas proporções. A diferença é que neste ano, vamos ser claros e objetivos, [os óbitos] se expressam fortemente em São Paulo."
Até 18 de abril houve 404 casos graves, elevação de 49,6% na comparação com 2014, quando foram registradas 270 notificações do tipo. Segundo o ministério, não é possível comparar ao total de 2013 porque houve mudanças no processo de classificação da dengue.
Reconheça os sintomas
Diagnosticar a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se manifesta. Os principais "sinais de alerta" são dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes pretas e sangramento.

Se os sintomas forem reconhecidos, é fundamental procurar um médico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem evolução rápida. Por isso, saber antes pode fazer a diferença entre a ocorrência de um mal menor e consequências mais graves, principalmente no caso de crianças.
Existem quatro tipos do vírus da dengue: o DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. Eles causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, uma pessoa só pode ter dengue quatro vezes.
Entre 70% e 90% das pessoas que pegam a dengue pela primeira vez não têm nenhum sintoma. Nos casos mais graves, a doença pode ser hemorrágica ou fulminante, levando à morte.
Diferenças e semelhanças entre dengue e chikungunya - correto (Foto: G1)
Chikungunya
Em relação à febre chikungunya, o ministro da Saúde negou que o número de casos configure epidemia. Não há uma circulação importante", afirmou.

O Brasil registrou entre janeiro e abril de 2015 quase 2 mil casos confirmados de infecção pelo vírus chikungunya, que circula no país desde setembro de 2014 e é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue.
A infecção provoca sintomas parecidos com os da dengue, embora com mais dor e menos mortalidade.
Levantamento feito pelo G1 em todas as Secretarias Estaduais de Saúde aponta que de 1º de janeiro a 30 de abril foram confirmados 1.978 casos de chikungunya em 12 estados e no Distrito Federal. Desse total, 1.949 casos ocorreram na Bahia e no Amapá (98,5%) do total.
O total nacional deste ano pode ser ainda maior, pois há muitos exames clínicos que não foram concluídos. No período analisado, foram notificadas 9.691 suspeitas da doença.